Antes, eu estava bem, segura, em paz. Pensava que não havia nada a temer, até que dei de cara com algo. Uma coisa que fez minhas pernas tremerem, a cabeça girar e o suor tomar conta de meu rosto: os 15 anos.
Muitos o caracterizam como a "época em que a menina vira mulher", "o melhor momento da vida de uma garota", a "idade da responsabilidade". E quer saber? Não há nada que eu odeie mais que esses rótulos criados pela sociedade. Eles me deixam nervosa, me dão arrepios.
Quer dizer que só porque eu completei uma quinzena de vida vou ter que mudar completamente? Não. Eu não quero abrir mão da minha imaturidade, da minha estupidez, das minhas gigantes T-shirts, do meu ridículo senso de humor e da minha "inocência".
Quero viver e aprender com meus erros, desejar coisas que parecem idiotas ao olhar de outras pessoas, andar meio largadona quando der vontade, me agarrar ao meu urso de pelúcia quando algo não der certo.
Por outro lado, quero amadurecer. Me tornar alguém confiável o suficiente para meus pais, sentir o doce gosto da independência aos poucos, não ter medo de expressar minhas ideias para o mundo e sair por aí mostrando que finalmente aprendi a andar de salto alto sem tropeçar ou parecer uma moleca descordenada.Sinceramente, só quero ser eu mesma. Quero ser a garota dona de de sua madura imaturidade, uma eterna metamorfose ambulante. Não quero mudar, só evoluir aos poucos. Não vou fingir que não tenho medo de crescer, mas vou tentar encarar isso numa boa com o decorrer do tempo.
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